A PAZ PARA O ORIENTE MÉDIO
A todos vós que procurais a paz:
Paz!
A recente peregrinação do Papa Francisco na Terra Santa, assim
como o encontro de prece celebrado no Vaticano no dia 08 de junho, com a
presença do Presidente da Autoridade Palestina e do Estado de Israel, tudo isto
reacendeu as esperanças de paz para esta região. Assim, eu vou convido a
sustentar pela nossa prece estas iniciativas.
O Papa Francisco não mediu esforços para pedir aos Palestinianos
e Israelitas que terminem com este conflito: “que eles redobrem os esforços e
as iniciativas destinadas a criar as condições de uma paz estável, baseada
sobre a justiça, sobre o reconhecimento dos direitos de cada um e sobre a
segurança recíproca” (Encontro com as autoridades palestinas, 25 de maio de 2014).
Ele reforçou a proposição enunciada por Bento XVI: “que seja universalmente
reconhecido que o Estado de Israel tem o direito de existir e de gozar da paz e
da segurança nas fronteiras internacionalmente reconhecidas. Que seja
igualmente reconhecido que o Povo palestino tem direito a uma pátria soberana,
a viver com dignidade e a viajar livremente. Que a “solução de dois Estados” se
torne uma realidade e não continue a ser apenas um sonho” (Cerimonia de
recepção no aeroporto internacional Bem Gurion, 25 de maio de 2014). Recordando
a etimologia hebraica da palavra Jerusalém, - “Cidade da Paz” – o Papa
proclamou seu desejo, e de toda humanidade: “Que Jerusalém seja verdadeiramente
a Cidade da Paz! Que resplandeça plenamente sua identidade e seu caráter sagrado,
seu valor religioso e sua cultura universal, como um tesouro para toda
humanidade!” (Visita de cortesia ao presidente do Estado de Israel, dia 26 de
maio de 2014).
No encontro do Vaticano, depois da viagem e na presença das
autoridades dos dois povos, o Papa afirmou a necessidade de usar toda energia
para conseguir a paz: “para fazer a paz necessitamos de coragem, bem mais do
que para fazer a guerra. Precisamos de coragem para dizer sim ao encontro e não
ao enfrentamento; sim ao diálogo e não â violência; sim à negociação e não às
hostilidades; sim ao respeito dos acordos e não às provocações; sim à
sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto é preciso coragem, uma grande
força da alma” (Invocação para a paz, 08 de junho de 2014).
Com as palavras do Papa Francisco, rezemos ao Senhor:
Senhor Deus da paz, escuta a nossa súplica! Nós tentamos
tantas vezes e durante tantos anos resolver nossos conflitos com nossas forças
e também nossas armas; tantos momentos de hostilidade de obscuridade; tanto
sangue derramado; tantas vidas machucadas, tantas esperanças destruídas... Mas
nossos esforços foram em vão. Agora, Senhor, ajuda-nos Tu! Dai-nos Tu a paz,
ensina-nos Tu a paz, guia-nos Tu para a paz (...) Senhor Deus de Abraão e dos
Profetas, Deus de Amor que nos criou e
nos chama a viver como irmãos, dai-nos a força de ser a cada dia os artesãos da paz; dai-nos a capacidade de
olhar com benevolência todos os irmãos que nós reencontramos no nosso caminho.
Torna-nos disponíveis para escutar o grito de nossos concidadãos que nos pedem
para transformar nossas armas em instrumentos da paz, nossos medos em confiança
e nossas tensões em perdão. Mantenha acessa em nós a chama da esperança para
realizarmos, com paciência perseverante as escolhas de diálogo e reconciliação (...)
que o estilo de nossa vida se torne: shalon, paz, salm! Amém! (Invocação pela
paz, 08 de junho 2014).
Com toda minha amizade,
Dom Irineu Rezende Guimarães
Monge beneditino da Abadia de Notre-Dame, Tournay, França
Tournay, 18 de maio de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário