quinta-feira, 31 de julho de 2014

Carta Mensal - Junho de 2014


A PAZ PARA O ORIENTE MÉDIO

A todos vós que procurais a paz:
Paz!
A recente peregrinação do Papa Francisco na Terra Santa, assim como o encontro de prece celebrado no Vaticano no dia 08 de junho, com a presença do Presidente da Autoridade Palestina e do Estado de Israel, tudo isto reacendeu as esperanças de paz para esta região. Assim, eu vou convido a sustentar pela nossa prece estas iniciativas.
O Papa Francisco não mediu esforços para pedir aos Palestinianos e Israelitas que terminem com este conflito: “que eles redobrem os esforços e as iniciativas destinadas a criar as condições de uma paz estável, baseada sobre a justiça, sobre o reconhecimento dos direitos de cada um e sobre a segurança recíproca” (Encontro com as autoridades palestinas, 25 de maio de 2014). Ele reforçou a proposição enunciada por Bento XVI: “que seja universalmente reconhecido que o Estado de Israel tem o direito de existir e de gozar da paz e da segurança nas fronteiras internacionalmente reconhecidas. Que seja igualmente reconhecido que o Povo palestino tem direito a uma pátria soberana, a viver com dignidade e a viajar livremente. Que a “solução de dois Estados” se torne uma realidade e não continue a ser apenas um sonho” (Cerimonia de recepção no aeroporto internacional Bem Gurion, 25 de maio de 2014). Recordando a etimologia hebraica da palavra Jerusalém, - “Cidade da Paz” – o Papa proclamou seu desejo, e de toda humanidade: “Que Jerusalém seja verdadeiramente a Cidade da Paz! Que resplandeça plenamente sua identidade e seu caráter sagrado, seu valor religioso e sua cultura universal, como um tesouro para toda humanidade!” (Visita de cortesia ao presidente do Estado de Israel, dia 26 de maio de 2014).
No encontro do Vaticano, depois da viagem e na presença das autoridades dos dois povos, o Papa afirmou a necessidade de usar toda energia para conseguir a paz: “para fazer a paz necessitamos de coragem, bem mais do que para fazer a guerra. Precisamos de coragem para dizer sim ao encontro e não ao enfrentamento; sim ao diálogo e não â violência; sim à negociação e não às hostilidades; sim ao respeito dos acordos e não às provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto é preciso coragem, uma grande força da alma” (Invocação para a paz, 08 de junho de 2014).
Com as palavras do Papa Francisco, rezemos ao Senhor:
Senhor Deus da paz, escuta a nossa súplica! Nós tentamos tantas vezes e durante tantos anos resolver nossos conflitos com nossas forças e também nossas armas; tantos momentos de hostilidade de obscuridade; tanto sangue derramado; tantas vidas machucadas, tantas esperanças destruídas... Mas nossos esforços foram em vão. Agora, Senhor, ajuda-nos Tu! Dai-nos Tu a paz, ensina-nos Tu a paz, guia-nos Tu para a paz (...) Senhor Deus de Abraão e dos Profetas, Deus de Amor que  nos criou e nos chama a viver como irmãos, dai-nos a força de ser a cada dia  os artesãos da paz; dai-nos a capacidade de olhar com benevolência todos os irmãos que nós reencontramos no nosso caminho. Torna-nos disponíveis para escutar o grito de nossos concidadãos que nos pedem para transformar nossas armas em instrumentos da paz, nossos medos em confiança e nossas tensões em perdão. Mantenha acessa em nós a chama da esperança para realizarmos, com paciência perseverante as escolhas de diálogo e reconciliação (...) que o estilo de nossa vida se torne: shalon, paz, salm! Amém! (Invocação pela paz, 08 de junho 2014).
Com toda minha amizade,
Dom Irineu Rezende Guimarães
Monge beneditino da Abadia de Notre-Dame, Tournay, França
Tournay, 18 de maio de 2014.

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